Fernanda Galvão apresenta "Duas luas" na Casa Triângulo: Deslocamento, Impermanência e a Exuberância da Pintura

 Segunda mostra individual da artista na galeria, com curadoria de Marcos Moraes, reúne obras que convidam a uma imersão em atmosferas de realidades distintas, numa articulação de cores e formas que criam mundos visuais.

Lua mamão, 2025_Crédito: Filipe Berndt_Cortesia Casa Triângulo

A Casa Triângulo tem o prazer de anunciar a abertura de Duas luas, a segunda exposição individual da artista brasileira radicada em Paris, Fernanda Galvão, na galeria. Com curadoria de Marcos Moraes, a mostra apresenta uma nova série de pinturas que aprofundam a investigação da artista sobre o deslocamento, a impermanência e a reimaginação da coexistência em um futuro possível.

 

Sobre a Exposição: Paisagens Interiores e a Força da Cor

 

A obra de Fernanda Galvão, que se insere em uma linhagem de pintoras que desafiam a "morte anunciada da pintura", é um convite à imersão em "atmosferas de realidades paralelas e distintas", como descreve o curador Marcos Moraes. A artista utiliza uma articulação complexa de cores e formas para criar mundos visuais que resultam de seu desejo e de suas experiências.

 

A nova série, que dá nome à exposição, marca um momento de "exuberância poética" na produção da artista. Galvão explora a materialidade do corpo fragmentado e, mais recentemente, a vulnerabilidade das formas contrastadas pela saturação da cor. A paleta se torna mais complexa e variada, com a presença marcante dos "inebriantes vermeils aprofundados pelos vinhos e bordôs", intensificando a energia e impetuosidade das imagens com o uso de luz e sombra, texturas e glitter.

 

A Poética do Deslocamento

 

A experiência de estar em trânsito, tanto física quanto emocionalmente, é central na prática de Galvão, refletindo sua jornada por países, culturas e paisagens desde que deixou São Paulo. Suas pinturas e desenhos misturam elementos reais e imaginários para criar lugares que desafiam a compreensão convencional, contemplando um futuro em meio à catástrofe climática.

 

O raciocínio pictórico de Galvão parte de "paisagens" armazenadas na memória, fruto de seus deslocamentos entre São Paulo, o deserto da Califórnia (Joshua Tree), Paris e Catalunha. A artista recorre ao mundo natural, à ficção científica e a textos ilustrados para criar um glossário de formas de vida, retratando seres diversos – nunca humanos – e sugerindo uma reimaginação da coexistência e da sobrevivência.

A exposição explora a fusão de espaços – terra/mar com o céu/infinito – dissolvendo limites e configurando "paisagens interiores, de outras dimensões". Como afirma a artista, este é um momento de pintura "mais solta, mais livre, mais 'lidando com o inesperado'", onde o fundo se afirma como personagem e a impermanência prevalece.

 

A Artista e o Curador

 

Fernanda Galvão (1994, São Paulo, Brasil) vive e trabalha em Paris, França. Sua trajetória inclui exposições individuais e coletivas em galerias e instituições de prestígio internacional, como From where I am | I am already gone (Lyles & King, Nova York, 2024), Alien Shores: Landscape, once removed (White Cube Bermondsey, Londres, 2025) e As Colinas Murmuravam e Sonhavam em Cair no Mar (Casa Triângulo, São Paulo, 2023).

 

Marcos Moraes é Doutor em Arquitetura e Urbanismo e Diretor do Museu de Arte Brasileira da FAAP, além de Coordenador dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais e dos Programas Internacionais da Residência Artística FAAP – Paris e São Paulo.

 

SERVIÇO:

Duas luas

Curadoria: Marcos Moraes

Abertura: 15 de novembro de 2025 |14h às 18h

Período da exposição: 18 de novembro a 20 de dezembro
Horário de funcionamento: de terça a sexta das 10h às 19h e sábado das 10h às 17h

Local: Casa Triângulo

Endereço: Rua Estados Unidos 1324, Jardins - São Paulo

Telefone: (11) 3167-5621 | www.casatriangulo.com  info@casatriangulo.com

Entrada gratuita

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