Apple Developer Academy completa 12 anos na PUCPR e transforma Curitiba em polo global de inovação educacional e tecnológica

 O Apple Developer Academy, criado pela Apple, forma talentos para atuar em projetos internacionais e impulsiona o ecossistema de inovação no Brasil.

Divulgação/HOTMILK
Apple Developer Academy completa 12 anos na PUCPR e transforma Curitiba em polo global de inovação educacional e tecnológica

O Brasil enfrenta um dos maiores desafios do seu ecossistema de inovação: a escassez de profissionais qualificados em tecnologia. Segundo um estudo divulgado pelo Google em parceria com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o país deve registrar um déficit de 530 mil profissionais de TI até 2025. A demanda por novos talentos pode chegar a 800 mil, enquanto apenas 53 mil profissionais se formam por ano, de acordo com a Brasscom. Parte desses profissionais nasce dentro de instituições que apostam em tecnologia e empreendedorismo como motores de transformação, em universidades e ecossistemas de inovação como o da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que hoje abriga um dos programas de formação em desenvolvimento de aplicativos e soluções inovadoras mais reconhecidos do mundo: a Apple Developer Academy.

Criada em 2013, em parceria com a Apple, a academia é um curso de extensão com duração de dois anos, aberto a alunos da graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado de qualquer instituição. Em 12 anos, o programa formou mais de 500 alunos, com metodologia única de aprendizagem baseada em desafios, que combina tecnologia, design, negócios e impacto social, transformando Curitiba em referência mundial de formação em tecnologia do mundo.

Com aulas diárias de três horas, o curso oferece bolsas mensais de R$ 2.100 e empréstimo de equipamentos durante todo o período. Sob coordenação do professor Fábio Binder desde sua fundação, a academia se tornou um laboratório vivo de inovação, onde estudantes aprendem a resolver problemas e desenvolver soluções com propósito. “Aqui, a tecnologia é apenas o meio. O verdadeiro objetivo é formar pessoas com pensamento crítico, autonomia criativa e senso de impacto social. Os alunos aprendem a trabalhar em equipe, a errar e a iterar, exatamente como no ambiente de inovação das grandes empresas”, explica o professor.

Ao longo dos dois anos, os alunos passam por desafios práticos que simulam o ambiente real de trabalho nas empresas de tecnologia. A metodologia usada é o Challenge Based Learning (CBL), criada pela Apple para estimular a aprendizagem por desafios. O estudante escolhe um problema que deseja resolver e segue um processo estruturado que envolve pesquisa, prototipagem e validação com usuários. “É uma metodologia colaborativa, mas adaptamos também para momentos individuais, porque inovação exige tanto trabalho em equipe quanto autonomia criativa”, diz Binder.

Entre os projetos internos, dois se destacam pela complexidade e impacto. O Business Challenge, criado em Curitiba é hoje referência global dentro da rede de academias, propõe que duplas desenvolvam um aplicativo do início ao fim, com direito a publicação na App Store, impulsionamento e análise de desempenho real. “Os estudantes recebem um valor adicional para investir em marketing digital e aprendem na prática o ciclo completo de um produto”, detalha Fábio Binder. 

Já o Macro Challenge, desafio final do curso, funciona como um trabalho de conclusão, mas em formato de projeto. Em quatro a cinco meses, os alunos transformam ideias em soluções concretas, muitas vezes com potencial de mercado. Casos como o aplicativo Super Pads, que ultrapassou 150 milhões de downloads, e a startup James Delivery, vendida ao Grupo Pão de Açúcar, nasceram dentro da academia.

Outro diferencial da unidade curitibana é a diversidade de formações. Ao contrário de outras academias que restringem o ingresso a estudantes de computação, a PUCPR aceita alunos de qualquer curso. “Essa mistura é o que traz potência. Um estudante de medicina e outro de tecnologia criaram juntos um aplicativo para auxiliar cirurgias cerebrais, substituindo parte de um equipamento de R$ 50 milhões. Isso mostra como diferentes olhares geram soluções reais”, afirma Binder. Hoje, a composição média das turmas é de 40% de programadores, 40% de designers e 20% de profissionais de outras áreas.

O modelo curitibano ganhou notoriedade internacional ao demonstrar maturidade técnica e metodológica em diferentes projetos. Um dos casos mais emblemáticos foi o da Universidade de Yale, que procurou a Apple para desenvolver um aplicativo de pesquisa e recebeu como resposta: “A gente não faz, mas sabemos quem faz”. O desenvolvimento acabou sendo realizado em Curitiba, por um professor e dois alunos da Apple Academy da PUCPR. “Esse episódio sintetiza o que é a academia: um espaço onde o aprendizado se converte em entregas reais, com impacto além das fronteiras da universidade”, resume o professor.

Atualmente, cerca de 75% dos alunos são de graduação. Segundo Binder, os estudantes em início de curso são os que mais se beneficiam da imersão, por terem mais tempo e disposição para experimentar. Já os de mestrado e doutorado costumam ingressar com projetos próprios, muitos deles voltados à pesquisa aplicada. São 50 vagas por edição, 25 no turno da manhã e 25 no da tarde, e a procura é sempre alta.

Nos últimos anos, a academia também incorporou temas emergentes como inteligência artificial e blockchain, e já prepara a próxima turma, prevista para 2027, com maior integração de IA nas etapas de criação. “Proibir o uso de IA seria o mesmo que proibir o celular na sala de aula. O papel da educação é ensinar a usar essas ferramentas com propósito”, comenta o professor.

A atuação da Apple Developer Academy se conecta ao ecossistema da HOTMILK, hub de inovação da PUCPR, considerado um dos maiores do Brasil. Em 2024, o ecossistema reuniu mais de 140 startups e movimentou R$ 521 milhões em faturamento das empresas. Desse total, R$ 177 milhões vieram de empresas fundadas por ex-alunos da universidade, o que reforça a importância da integração entre formação acadêmica e empreendedorismo. “A inovação nasce da prática, e o programa da Apple é um dos nossos melhores exemplos disso. Ela forma talentos com mentalidade empreendedora, que naturalmente migram para o ambiente de inovação e criação de negócios. É um ciclo virtuoso entre educação e mercado”, afirma Marcelo Moura Fernandes, diretor do Ecossistema de Inovação da PUCPR.

Com mais de 11 mil m² de estrutura, 200 laboratórios de pesquisa e espaços de cocriação que recebem cerca de 9 mil visitantes por mês, a HOTMILK PUCPR atua em consultoria, inovação aberta e educação corporativa, e já acelerou mais de 350 startups. Essa integração entre ensino, pesquisa e mercado coloca Curitiba como um polo global de inovação educacional e tecnológica, um modelo que alia propósito social e avanço econômico e que tem na Apple Developer Academy um de seus casos mais inspiradores.

 

Sobre a HOTMILK PUCPR

A HOTMILK é o ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a universidade privada mais inovadora do país segundo o Ranking Universitário Folha (RUF) 2024, que reúne mais de 140 startups. Considerado o principal ecossistema de inovação do Paraná e posicionado entre os maiores do Brasil no Ranking Top Ecossistemas 2024 pelo 100 Open Startups, a HOTMILK PUCPR atua em diferentes frentes: consultoria de inovação e inovação aberta, educação corporativa na área de inovação, conexões com startups e planos de membro corporates e de membros startups. São 11 mil m², mais de 200 laboratórios de pesquisa preparados para o desenvolvimento de projetos de P&D, auditórios para eventos corporativos e networking e mais de 3 mil m² equipados para o desenvolvimento de projetos de realidade virtual, aumentada e 3D, que recebem mensalmente 9 mil visitantes. Ao longo de sua trajetória, a HOTMILK PUCPR já acelerou mais de 350 startups, conectou mais de 3,5 mil startups a grandes empresas e foi responsável pela intermediação de mais de 230 negócios. 

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