Ex-aluna que conquistou a nota máxima na prova e especialistas do Bernoulli compartilham dicas para encarar o exame; levantamento da escola revela os temas mais cobrados
A contagem regressiva já começou: nos dias 9 e 16 de novembro, estudantes de todo o Brasil encaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2025, são mais de 4,8 milhões de inscritos confirmados, de acordo com o Ministério de Educação (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), número que reforça a relevância da avaliação como porta de entrada para o ensino superior.

Entre as provas, a de Matemática é vista como uma das maiores oportunidades de elevar a média geral, afinal são 45 questões dedicadas exclusivamente à disciplina. Apesar de gerar ansiedade em muitos candidatos, ela pode ser decisiva para garantir uma boa classificação e ampliar as chances de ingresso em universidades públicas e privadas.
“Não basta ter o conhecimento teórico. O Enem pede agilidade e clareza na resolução dos cálculos, além de atenção para não desperdiçar tempo em questões mais simples. É um exame que recompensa quem alia conteúdo e estratégia”, afirma Igor Magalhães Cunha, coordenador de Matemática da 3ª série (E.M) e pré-vestibular do Bernoulli.
A influência da TRI
O método de correção utilizado pelo Inep, conhecido como Teoria de Resposta ao Item (TRI), faz com que a pontuação não dependa apenas da quantidade de acertos, mas da consistência das respostas. Isso significa que erros em questões fáceis podem reduzir consideravelmente o desempenho, mesmo com acertos em perguntas mais difíceis. Por isso, compreender a lógica da TRI e ter uma estratégia clara é fundamental para conquistar uma boa nota.
“A TRI costuma gerar dúvidas porque não avalia apenas a quantidade de acertos, mas a regularidade do desempenho. Em outras palavras, a nota é maior quando o estudante mostra domínio progressivo dos conteúdos, acertando tanto as questões fáceis quanto as mais complexas. Por isso, é essencial garantir regularidade nas respostas”, explica Maíra Miranda Portela, coordenadora de Avaliação Educacional do Bernoulli.
O que mais cai em Matemática no Enem
Um levantamento realizado pelo Bernoulli Educação, com base nas últimas edições do exame (2014-2024), mostra a distribuição dos principais conteúdos de Matemática no Enem:
- Matemática Financeira e Estatística: 21%
- Equações, Inequações e Polinômios: 19%
- Funções: 13%
- Aritmética e Conjuntos: 12%
- Probabilidade, Análise Combinatória e Sequências: 12%
- Geometria Espacial: 10%
- Geometria Plana: 9%
- Geometria Analítica: 2%
- Trigonometria: 1%
- Matrizes: 1%
Essas estimativas ajudam o estudante a direcionar os estudos e a priorizar conteúdos que aparecem com maior frequência. No entanto, é importante destacar que o Enem pode variar na forma como cobra os assuntos a cada edição. Por isso, o levantamento serve como guia estratégico, mas não como uma regra rígida a ser seguida.
Dicas de quem já chegou lá
No Enem, a prova de Matemática dificilmente chega a 1000 pontos porque a nota é calculada pela TRI, que considera a dificuldade de cada questão e o desempenho estatístico dos candidatos, mas existem casos. Um dos registros de pontuação máxima na prova foi a nota da ex-aluna do Bernoulli, Júlia Mendes, que tirou 958,6 em 2023.
Além desse feito, Júlia foi aprovada em Medicina na UFMG, UnB, FAMEMA e CMMG, e também garantiu a 1ª colocação em Direito na UFU. Para ela, a preparação combinou constância e estratégia. “Na reta final, eu treinava principalmente com provas anteriores de diferentes vestibulares. Apesar de o meu foco ter sido o Enem, também me preparei para outros exames, e resolver questões variadas me ajudou a entender o estilo das perguntas e a consolidar a estratégia de prova”, afirma.
Ela destaca ainda que sua rotina de estudos prezava pelo equilíbrio. “Mantive uma rotina de cinco horas de estudo focado por dia, sempre no meu horário mais produtivo, e não abri mão de descanso e lazer para manter o equilíbrio”, afirma.
Para Júlia, um dos pontos mais importantes é manter a confiança em todo o processo: “Acredito que o essencial é confiar na própria preparação e não se deixar levar pela comparação com outros estudantes.”
Mais do que prever, é preciso se preparar
A prova de Matemática do Enem exige não apenas conhecimento, mas também tranquilidade e equilíbrio emocional. “Manter a calma e organizar bem o tempo de estudo faz toda a diferença na hora da prova. O controle emocional ajuda o estudante a aplicar o que aprendeu com mais segurança”, reforça Igor.
No Bernoulli, os estudantes contam com apoio completo durante toda a preparação. O programa Lidera Enem reúne em um só lugar toda a preparação da escola para o maior exame educacional do país. Com conteúdos exclusivos, análises aprofundadas, eventos de revisão e suporte direcionado, ele oferece todas as ferramentas necessárias para que alunos do Ensino Médio e pré-vestibular enfrentem o exame com confiança e estratégia.
Sobre o Bernoulli - O Bernoulli Educação acredita que, se o olho brilha, muda tudo. Afinal, a instituição tem como propósito formar melhores pessoas para o mundo por meio de uma educação inspiradora, oferecendo ferramentas para os alunos transformarem sua história e a sociedade. Em atividade desde 2000, o Bernoulli é um dos grupos educacionais de maior destaque no Brasil. É formado pelo Bernoulli Go; pelos Colégios e Pré-Vestibulares Bernoulli, com unidades em Belo Horizonte (MG), Nova Lima (MG) e Salvador (BA); e pelo Bernoulli Sistema de Ensino, que desenvolve soluções didáticas utilizadas por mais de mil escolas parceiras em todos os estados do país — entre elas estão 14 das 50 melhores no Enem —, além de três escolas no Japão, beneficiando mais de 300 mil estudantes. O Bernoulli conquistou por 11 vezes o primeiro lugar nacional do Enem e é, por oito anos consecutivos, o primeiro lugar da Bahia. Como parte do seu compromisso de oferecer novas oportunidades, desde 2018 é parceiro do Ismart, entidade privada sem fins lucrativos que identifica jovens talentos de baixa renda e concede bolsas em escolas particulares de excelência.