Roteiro de viagens: o que está em alta (e o que está ficando para trás)

 

Aline Tiano

O mercado do turismo está passando por transformações significativas, já que muitos viajantes têm mudado seus hábitos de consumo na hora de escolher o destino, revelando uma clara busca por experiências imersivas, personalização e conexão, seja com a natureza, com a cultura ou com o autocuidado. Sendo assim, comportamentos de turismo massificado mostram claros sinais de queda.

Para explicar mais sobre as novidades (e falar sobre o que está ficando para trás), Aline Poletti Tiano, especialista no setor de turismo, listou 5 pontos principais abaixo:

  1. Noctourism

O turismo noturno, ou noctourism, é uma das novidades mais comentadas do ano: explorar destinos após o pôr do sol, visitar mercados noturnos, observar estrelas em áreas escuras e fazer caminhadas guiadas sob a lua estão em alta.

  1. Calmcations

Viagens silenciosas e focadas no descanso, como retiros de bem-estar, meditação e desintoxicação digital, estão se popularizando. Resorts de alto padrão já oferecem programas que priorizam relaxamento profundo e equilíbrio mental, um antídoto ao estresse e conectividade em excesso. Spas, retiros de yoga, meditação, alimentação saudável, destinos com águas termais, práticas holísticas e reconexão com a natureza estão em alta.

  1. Anti-luxury

Turistas com alto poder aquisitivo tem buscado autenticidade ao invés de ostentação. Experiências como interações culturais reais e memórias emocionais estão redefinindo o padrão de luxo. Destinos “fora do óbvio” (lugares menos explorados, rotas alternativas), busca por segurança e qualidade, mas também por originalidade.

  1. Turismo sustentável e responsável

Destinos com práticas ecológicas (redução de plásticos, energia limpa, turismo de baixo impacto); interesse em apoiar a economia local; ecoturismo e turismo regenerativo (deixar um impacto positivo no destino).

  1. Viagem solo feminina

Mulheres viajando desacompanhadas aumentam em número e importância no mercado. Atualmente, elas representam uma grande parte de viajantes independentes e optam por cruzeiros ou experiências personalizadas, apoiadas por uma crescente oferta voltada para esse perfil.

Mas, e o que está ficando para trás? Segundo Aline Tiano, há uma queda considerável na procura por destinos já saturados e aqueles que costumam ter público em massa. Além disso, viagens superficiais estão perdendo espaço para viagens lentas e imersivas. “O turista moderno valoriza experiências que promovem conexão verdadeira com a cultura e o local visitado”, explica a especialista.

Agora, o desafio para os profissionais da área é criar roteiros que encantem com autenticidade, ofereçam calma, estimulem a imersão cultural e utilizem inteligência para personalizar jornadas únicas.

E você, o que procura no seu próximo destino?


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