Programas estratégicos e inovação tecnológica ampliam acesso e qualidade dos serviços de saúde
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem ampliado seu foco na saúde pública no Brasil. Desde 2023, os investimentos no setor já ultrapassam R$ 7,8 bilhões, com o objetivo de expandir e otimizar os serviços oferecidos à população.
Os programas criados pelo banco atuam em diversas frentes, desde inovação até a redução de desigualdades, com a expectativa de elevar a qualidade dos serviços de saúde nos próximos anos, em sintonia com a evolução global da área.
Saúde pública como prioridade no Brasil
O BNDES reforçou programas de apoio à inovação e à saúde. O Programa Mais Inovação, por exemplo, destinou R$ 4 bilhões para o desenvolvimento de 584 novos medicamentos, vacinas e dispositivos médicos, com o objetivo de acelerar a produção nacional.
Já o programa Juntos pela Saúde mobilizou R$ 113 milhões em iniciativas voltadas às regiões Norte e Nordeste. A cada real doado por um parceiro, o BNDES contribui com outro, ampliando o impacto dos recursos disponíveis.
Entre os 14 projetos em andamento estão iniciativas como o “SUS na Floresta”, que utiliza telemedicina em áreas de difícil acesso na Amazônia, e o “Afluentes”, voltado à redução da mortalidade materna e ao acompanhamento de doenças crônicas.
Recentemente, representantes do BNDES assinaram um contrato de financiamento de R$ 220 milhões para ampliar a capacidade produtiva da indústria farmacêutica Blanver.
Segundo o portal Saúde Business, especializado em notícias sobre negócios na área da saúde, o plano de investimentos prevê R$ 592 milhões até 2028, com foco na produção de medicamentos para câncer, HIV/AIDS e diabetes, além de otimizar o desenvolvimento de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) no país.
Tendências para a saúde pública em 2025
O foco do BNDES na saúde pública acompanha avanços e inovações tecnológicas previstos para os próximos anos. Segundo especialistas, as principais tendências para 2025 incluem:
- Parcerias público-privadas (PPPs): colaborações entre setor público, empresas e universidades ampliam infraestrutura, equipamentos e pesquisas, melhorando os serviços de saúde sem sobrecarregar os orçamentos municipais.
- Telemedicina: consultas remotas e monitoramento por aplicativos ou dispositivos vestíveis aumentam o acesso, agilizam diagnósticos e reduzem atendimentos emergenciais.
- Inteligência artificial e Big Data: algoritmos analisam dados em larga escala para prever surtos, otimizar recursos, apoiar diagnósticos e orientar políticas públicas preventivas.
- Atenção básica reforçada: unidades de saúde estruturadas com equipes capacitadas e prontuários eletrônicos garantem acompanhamento contínuo, prevenção de complicações e menor lotação de hospitais.
- Sustentabilidade: práticas ambientais, como uso eficiente de recursos, energia renovável e campanhas educativas, ajudam a proteger a população de riscos climáticos e a reduzir custos.
Apesar dos avanços, a saúde pública enfrenta desafios financeiros, com municípios com dificuldades para equilibrar orçamento e atender à demanda. Parcerias estratégicas e tecnologias de gestão podem otimizar recursos e reduzir desperdícios.
Além disso, a falta de profissionais e longas filas de atendimento ainda comprometem a qualidade dos serviços, especialmente em regiões mais afastadas.
O envelhecimento da população e o aumento de doenças crônicas também pressionam o sistema, mas a digitalização e a integração de dados podem garantir respostas mais rápidas e seguras, mantendo a qualidade da saúde pública nos próximos anos.