Comemorada em 23 de setembro, a data destaca a sobremesa preferida do brasileiro e abre espaço para discutir diferenças entre versões industrializadas e artesanais
Brasil, setembro de 2025 - No dia 23 de setembro é celebrado o Dia Nacional do Sorvete no Brasil, data que marca a chegada da primavera e o aumento do consumo de sobremesas geladas. Mas afinal, você sabe o que diferencia o tradicional sorvete do gelato italiano? Embora sejam consumidos de forma semelhante, sorvete e gelato apresentam diferenças importantes em ingredientes, processo de produção e até na temperatura de serviço.
É importante destacar que “gelato” é apenas a tradução literal da palavra sorvete para o italiano. Ou seja, no Brasil, não existe um padrão ou regulamento oficial que determine o que é ou não um “gelato italiano”. O termo acabou sendo incorporado por aqui como uma forma de distinguir um produto de mais qualidade. Isso porque os sorvetes italianos sempre foram reconhecidos pelo frescor, pelos ingredientes selecionados e pela tradição artesanal. Assim, no Brasil, “gelato” passou a ser usado como sinônimo de um “sorvete premium”, diferenciado do produto industrializado vendido em potes de supermercado. Portanto, todas as diferenças citadas a seguir são, na prática, as diferenças entre um sorvete industrial tradicional e um sorvete fresco, feito com ingredientes de alta qualidade.
“O sorvete tradicional é produzido com leite, açúcar, gordura vegetal, estabilizantes e aromatizantes, e no congelamento incorpora-se ar para deixá-lo mais leve e macio”, explica Matheus Krauze, sócio-proprietário da rede SOFT Ice Cream. “Já o gelato utiliza leite integral, creme de leite e manteiga, sem conservantes, corantes ou aromatizantes artificiais. “Isso reduz o prazo de validade, mas garante frescor e autenticidade ao produto”, complementa.
A temperatura é outro diferencial. O sorvete costuma ser consumido a -20 °C, o gelato a -13 °C e o soft (sorvete expresso) a -8 °C. “Quanto mais fria a sobremesa, maior a necessidade de gordura e açúcar para manter a cremosidade. Por isso, o gelato tende a ser mais equilibrado e saudável que o sorvete industrializado”, acrescenta Krauze.
Apesar dessas diferenças, ambos seguem em expansão no país. Segundo a Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete), o setor movimentou R$ 7,57 bilhões em 2024. O sorvete de massa lidera a preferência, com 73,47% do consumo, seguido pelo picolé (13,20%) e pelo soft (10,93%). No total, o brasileiro consome em média 9,1 litros de sorvete por ano.
Fundada em Curitiba em 2020, a SOFT Ice Cream é uma rede de sorveterias artesanais que combina a tradição do gelato italiano com o formato de serviço expresso. A marca atua com lojas próprias e franquias, priorizando ingredientes naturais e processos artesanais de produção. Atualmente, a rede conta com 15 unidades em cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Goiânia. “Nossa proposta é unir frescor, qualidade e praticidade, mantendo o equilíbrio do verdadeiro gelato”, completa Krauze.