Objetivo da campanha Setembro Lilás, realizada pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) e Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), é conscientizar sobre a doença e incentivar o diagnóstico precoce
A demência não faz parte do envelhecimento normal. Para chamar a atenção para o tema, em 21 de setembro, o mundo se une para celebrar o Dia Mundial e Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. A data, marcada por um esforço global para combater o estigma e o desconhecimento, serve como um alerta para a urgência de uma doença que já atinge mais de 55 milhões de pessoas globalmente, com cerca de 1,7 milhão de casos no Brasil.
O Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento, da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), reforça a necessidade de desmistificar a condição e ressaltar que a demência não faz parte do envelhecimento normal.
"O diagnóstico precoce é fundamental. Embora ainda não haja cura para o Alzheimer, o reconhecimento dos sinais de alerta permite o início de tratamentos que podem retardar a progressão dos sintomas, proporcionando mais qualidade de vida ao paciente e a sua família," afirma a Dra. Elisa de Paula França Resende, coordenadora do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.
Com o objetivo de mobilizar a população, a ABN, em parceria com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) e Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), promovem, este mês, o Setembro Lilás, que realizará a campanha MoviMENTE-se, com caminhadas em todo país. O evento será realizado em 15 capitais, como Belo Horizonte, Goiânia, Porto Alegre, Recife, São Paulo, entre outras, com o intuito de chamar a atenção para a causa
No Rio de Janeiro, o evento será realizado no domingo (21/9), das 6h às 12h no Aterro da Praia do Flamengo.
Dados sobre a doença
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura, que afeta principalmente indivíduos com mais de 65 anos. Ocorre pelo acúmulo de proteínas anormais no cérebro, impactando a memória, a linguagem e a capacidade de raciocínio. Estima-se que, devido ao envelhecimento da população, o número de casos possa chegar a 131,5 milhões em 2050, o que reforça o cenário de uma crise global de saúde.
Dez sinais de alerta para o Alzheimer:
- Problemas de memória que afetam atividades diárias.
- Dificuldade para realizar tarefas habituais.
- Dificuldade de comunicação.
- Desorientação no tempo e no espaço.
- Diminuição da capacidade de juízo e crítica.
- Dificuldade de raciocínio e pensamento abstrato.
- Colocar objetos em lugares errados com frequência.
- Alterações repentinas de humor e comportamento.
- Mudanças na personalidade.
- Perda de iniciativa para realizar atividades.
Apesar de não haver tratamento curativo, a ABN destaca que os pacientes com Alzheimer têm acesso a tratamentos que controlam os sintomas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos que podem retardar a progressão da doença. Além disso, terapias não farmacológicas, como estimulação cognitiva e social, atividade física e fisioterapia, são cruciais para a manutenção das habilidades e autonomia.
A campanha deste ano incentiva a população a reconhecer esses sinais e procurar orientação profissional. É responsabilidade de todos disseminar a informação e combater o estigma, garantindo que o diagnóstico seja uma porta para o tratamento e não um motivo para isolamento.
Ação Setembro Lilás – ABN | ABRAZ | FEBRAZ
Rio de Janeiro/RJ
Data: 21/09 – 06h às 12h
Local: Aterro da Praia do Flamengo
Inscrição: Sem necessidade de inscrição.
Sobre a ABN
Fundada em 1962, a Academia Brasileira de Neurologia é uma das principais entidades médicas do país, reunindo mais de 5 mil neurologistas. Entre suas missões estão a promoção da educação médica contínua, o desenvolvimento científico e o cuidado com a saúde neurológica da população brasileira.