Inteligência Artificial e a educação híbrida: uma "Revolução Silenciosa"

 *Virgínia Bastos Carneiro

Virgínia Bastos Carneiro
Rodrigo Leal

A Inteligência Artificial (IA) na educação híbrida equivale a  uma das transformações mais profundas e silenciosas do século XXI, sem rupturas visíveis ou imediatas, mas que transforma radicalmente estruturas, comportamentos e paradigmas, reconfigura o papel do professor, do estudante e da própria aprendizagem.

A educação híbrida, por si só, já rompe com os limites físicos da escola. Ela mescla o presencial com o digital e permite que o aluno aprenda em múltiplos ambientes e ritmos. A IA entra nesse cenário como um agente acelerador e facilitador do processo de tornar o ensino mais adaptado às necessidades individuais de cada aluno. Ou seja, mais eficiente, mais personificado.

Algoritmos inteligentes identificam lacunas de aprendizagem, sugerem trilhas personalizadas, adaptam conteúdos e até preveem evasão escolar. Ferramentas como tutores virtuais, corretores automáticos e plataformas adaptativas não substituem o professor, ao contrário, amplificam sua capacidade de mediar, orientar e inspirar.

No entanto, essa revolução exige cautela. A IA não pode ser vista como solução mágica. É preciso garantir ética no uso das tecnologias e formação adequada dos docentes. O risco de desumanização existe, especialmente se a tecnologia for usada para padronizar em vez de diversificar.

No “silêncio dessa revolução”, a educação híbrida com IA deve ser, acima de tudo, centrada no ser humano. A tecnologia é meio, não fim, sendo assim ela liberta o professor de tarefas mecânicas e o reconecta a sua missão essencial: formar cidadãos críticos, criativos e éticos.

Em vez de temer a IA, que tal abraçá-la com responsabilidade, reconhecendo seu potencial transformador e seus limites? A escola do futuro não será dominada por máquinas, mas por pessoas que saibam usá-las com sabedoria.

* Virgínia Bastos Carneiro é formada em Pedagogia e História, mestre em Metodologias Ativas no processo de ensino-aprendizagem: a autonomia discente. Professora do curso de Secretariado Executivo, analista e revisora textual e iconográfica no Centro Universitário Internacional UNINTER.

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