Novas Pesquisas Revelam Fatores Biológicos, Genéticos E Sociais Por Trás Da Predominância Masculina — E Explicam Por Que O Mundo Parece Estar Identificando Mais Casos Do Que Nunca.
O aumento dos diagnósticos de autismo tem levantado dúvidas em todo o mundo — especialmente sobre por que o transtorno parece atingir mais meninos do que meninas. Mas a ciência já aponta respostas sólidas e surpreendentes.
Segundo especialistas, a predominância masculina tem raízes profundas: fatores biológicos, genéticos e até hormonais tornam o cérebro masculino mais vulnerável a alterações do neurodesenvolvimento. Estudos como a chamada Teoria do Cérebro Masculino Extremo sugerem que meninos têm maior tendência a perfis cognitivos focados em lógica e padrões, e menor predisposição a habilidades sociais — características que se aproximam de manifestações típicas do autismo.
Outro ponto-chave está nos hormônios. A testosterona fetal, em altas concentrações durante a gestação, tem sido associada a padrões neurológicos mais frequentes em meninos diagnosticados com TEA. Além disso, mutações relacionadas ao cromossomo X também podem contribuir, já que homens têm apenas uma cópia do gene e, portanto, maior vulnerabilidade a alterações.
A diferença dos diagnósticos entre homens e mulheres também precisa ser levado em conta. Segundo a Dra. Gesika Amorim, Mestre em Educação Médica, Pediatra pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, com especialização em Tratamento Integral do Autismo, Saúde Mental e Neurodesenvolvimento - Enquanto muitos meninos são diagnosticados cedo, as meninas continuam sendo subdiagnosticadas — em grande parte porque camuflam comportamentos, imitam interações sociais e mascaram dificuldades. Isso torna seus sinais menos evidentes e atrasa o acesso ao diagnóstico, criando a falsa impressão de que o autismo é muito mais comum entre homens.
E o aumento global dos diagnósticos? Ele existe — mas não da forma como muitos imaginam.
Especialistas estimam que cerca de 60% dessa alta pode ser explicada por fatores como:
- Critérios diagnósticos ampliados, que agora incluem quadros mais leves e variados.
- Maior conscientização, fazendo pais, educadores e profissionais perceberem sinais antes invisíveis.
- Acesso ampliado ao diagnóstico, impulsionado pela redução do estigma e pela valorização da neurodiversidade.
- Avaliação de grupos antes negligenciados, como meninas, mulheres e adultos.
Isso significa que os números crescentes não representam necessariamente uma explosão real da prevalência — mas sim uma sociedade mais atenta, mais informada e com ferramentas mais precisas.
No fim das contas, compreender essa combinação de biologia, cultura e informação é essencial para reduzir o estigma e garantir que cada criança — menino ou menina — receba o suporte que merece desde cedo – Finaliza a Dra. Gesika Amorim.
CRÉDITOS:
Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo