Amamentação, banho e troca de fraldas podem gerar sobrecarga na coluna materna e de cuidadores, causando sobrecarga na coluna, dores, fraqueza muscular, desalinhamento estruturais (como cifose e escoliose), osteoartrite e até hérnias de disco. Fisioterapeutas da rede Doutor Hérnia orientam como evitar os problemas corrigindo a postura nas ações do dia a dia
Ao longo da gestação, é comum que as mães sofram com dores nas costas devido às mudanças físicas e hormonais do período. Porém, se os cuidados cotidianos não forem priorizados, há um grande risco de que essas queixas persistam no período pós-gestacional, impactando o bem-estar e a qualidade de vida delas.
Durante o período de amamentação e nas responsabilidades de rotina com o bebê, é frequente a aparição de dores no pescoço e nos ombros. “As mulheres costumam sustentar o bebê com todo o peso nos braços, sem o apoio adequado. Essa postura, quando repetida diariamente, gera tensão muscular e dor”, explica Laudelino Risso, fisioterapeuta e CEO da rede Doutor Hérnia.
Segundo o especialista, pequenos ajustes na postura e na rotina podem fazer toda a diferença na prevenção das dores. A seguir, confira os principais erros e acertos que ajudam a garantir mais conforto e bem-estar nessa fase:
Amamentação

Errado: Com o peso do bebê sustentado inteiramente nos braços da mãe, os ombros e o pescoço acabam sobrecarregados. Além disso, ao manter o olhar fixo na direção do bebê, há uma inclinação e uma rotação da cabeça. Essa posição, por períodos prolongados, causa tensão muscular na região do pescoço e das costas, gerando dor.

Certo: O ideal é utilizar um apoio para os braços e pescoço, permanecendo em uma posição relaxada. Quando direcionar o olhar para o bebê, tente não persistir nesse estado por longos períodos. Na medida do possível, alterne o braço de apoio no bebê entre as mamadas.
Banho

Errado: Ao banhar o bebê em uma banheira muito baixa, a mãe acaba sobrecarregando a coluna e os joelhos, devido à postura inclinada. Esta também é uma posição de risco para o próprio bebê, que está em constante movimento.
Certo: Busque instalar a banheira em uma altura que permita manter a coluna ereta durante o banho. Ao adotar essa postura, coloque uma perna à frente da outra, dessa maneira, você oferece uma base para que o joelho dobre, evitando curvar a coluna.
Ao retirar ou colocar o bebê no berço

Errado: Inclinar a coluna excessivamente para frente. Por causa da altura das grades do berço, gera sobrecarga e pode provocar dores e desconforto ao longo do tempo.
Certo: Prefira berços com grades de altura regulável. Se isso não for possível, redobre a atenção: ao retirar ou colocar o bebê no berço, mantenha a criança próxima ao corpo, isso evita sobrecarga nos braços e ombros. Adote uma postura lateral, colocando uma perna à frente da outra. Dessa forma, você oferece uma base estável que permite dobrar o joelho e evita curvar a coluna para alcançar o bebê.
Troca de fraldas

Errado: trocar o bebê em cama ou trocador muito baixo.
Certo: Procure posicionar o trocador em uma altura que permita a coluna ereta durante o uso, o ideal é que fique próxima à altura dos seus braços, semelhante à de uma mesa de estudos ou de jantar.
Ao segurar o bebê

Errado: Entortar a coluna e sustentar todo o peso do bebê apoiado no próprio corpo causa sobrecarga na região lombar e nos ombros, aumentando o risco de dor e tensão muscular.

Certo: O uso de canguru ou sling para segurar o bebê é uma boa alternativa, já que permite distribuir melhor o peso e manter as mãos livres. Tais acessórios podem ser ajustados de diferentes formas, inclusive na posição lateral, o que ajuda a preservar a postura ereta.
Ao pegar o bebê do chão

Errado: Inclinar o tronco para a frente e flexionar apenas a coluna, deixando as pernas esticadas. Esse movimento concentra todo o peso e esforço na região lombar, causando dor e tensão muscular ao longo do tempo.
Certo: Abaixe-se dobrando os joelhos, mantendo a coluna ereta. Essa postura distribui o peso de forma equilibrada entre as pernas e protege a região lombar.
“Essas orientações podem parecer simples, mas fazem toda a diferença no dia a dia. A prevenção continua sendo o caminho mais eficaz para evitar dores e garantir que a mãe se mantenha saudável e disposta durante esse período de tantas demandas físicas”, reforça André Pêgas, fisioterapeuta, sócio de Laudelino Risso na Doutor Hérnia.
O perigo da má-postura
A má-postura diária promove pressão excessiva nos discos intervertebrais, músculos e ligamentos, ocasionando dores persistentes nas costas, pescoço, ombros, joelhos, pernas, tornozelos e pés. Também pode acelerar o processo de desgaste das articulações, levando à osteoartrite na coluna, quadris, joelhos e tornozelos.
A postura incorreta, com o tempo, causa desalinhamentos estruturais da coluna, como a escoliose (curvatura lateral), hipercifose (corcunda) ou hiperlordose (curvatura acentuada na lombar).
A compressão constante dos discos intervertebrais pode levar à sua degeneração e, eventualmente, à formação de hérnias de disco.
O desequilíbrio postural enfraquece alguns músculos, enquanto outros ficam tensos, levando à perda de força e mobilidade.
A hérnia de disco
A hérnia de disco é um problema crônico, em todo o mundo. No Brasil, estatísticas do Ministério da Saúde (MS) apontam que existem 5,4 milhões de brasileiros diagnosticados com o problema, mas o número pode ser maior devido aos casos não diagnosticados. A hérnia de disco é, há alguns anos, inclusive, o maior motivo de afastamento do trabalho, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
Tratar dessa doença sem cirurgia, portanto, é um avanço na Saúde. E o tratamento chamado clinicamente de convencional recupera 98% dos pacientes sem necessidade de cirurgia, justamente por meio da fisioterapia.
Esse índice faz parte do banco de dados da Doutor Hérnia, a maior rede de clínicas de reabilitação de coluna vertebral e hérnia de disco do Brasil. São 300 clínicas pelo país, que já diagnosticaram mais de 1 milhão de pessoas como o problema e que têm o maior banco de dados sobre o assunto. A rede é a que mais emprega fisioterapeutas no país e trabalha com uma metodologia exclusiva de tratamento de hérnia de disco e reabilitação de outras doenças da coluna vertebral.
Segundo o fisioterapeuta André Pêgas, que criou os protocolos de reabilitação da Doutor Hérnia junto com Laudelino Risso na Doutor Hérnia, conscientizar a população sobre a importância do fisioterapeuta é proteger o SUS, as empresas e o próprio paciente. “O protocolo de tratamento não-cirúrgico de hérnia de disco tem duração de um a três meses. Evitando-se a cirurgia, o paciente se recupera mais rápido e não passa pelo risco cirúrgico, o que é um benefício à saúde. Sem cirurgia, o SUS fica desafogado e as empresas têm menos funcionários afastados. Todos saem ganhando. Precisamos de mais indicação de fisioterapia para tratamentos de coluna vertebral, um bem para todos”, finaliza.
Sobre a Doutor Hérnia
https://www.doutorhernia.com.
A Doutor Hérnia é uma rede de 300 clínicas especializadas no tratamento não-cirúrgico da coluna vertebral e hérnia de disco, com metodologia própria. Nasceu a partir da experiência de dois fisioterapeutas com mais de 25 anos de mercado, André Pêgas e Laudelino Risso, criadores de um protocolo que se mostrou eficaz em 98% dos casos atendidos. Isso significa que, dos pacientes atendidos pelo chamado método conservador, não-cirúrgico, 98% delas foram reabilitadas sem necessidade de cirurgia de hérnia de disco.
Presente em todo o Brasil, nos Estados Unidos e no Paraguai, aplica técnicas exclusivas, que reúne até 11 protocolos diferentes de tratamentos baseados em tratamentos e estudos das mais renomadas instituições do mundo, como Harvard Medical School, Hospital Beth Israel, entre outras.
Sobre o Dr. André Pêgas 
André Pêgas é fisioterapeuta responsável pela rede de clínicas Doutor Hérnia. Possui formação completa em Osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid, além de ser diplomado pela SEFO (Scientific European Federation of Osteopaths). É especialista em Osteopatia pela UCB - Universidade Castelo Branco – RJ, em Fisioterapia Traumato Ortopédica e Desportiva – IBPEX e em Ortopedia Funcional (COFFITO). É também professor da Escuela de Osteopatia de Madrid Internacional para América Latina (Brasil, Chile e Uruguai) e Europa (Portugal, Espanha e Itália).
Sobre o Dr.. Laudelino Risso

Laudelino Risso é fisioterapeuta (Crefito: 8/81.825-F) e osteopata pela Escuela de Osteopatia de Madrid. Possui formação em Medicina Mente e Corpo, pela Faculdade de Medicina de Harvard - Boston – EUA. É especialista em Terapia Manual, com formação em Podoposturologia. Participou do 9º Encontro dos Cuidados da Coluna em Stanford – Califórnia e é professor convidado em diversas pós-graduações no Brasil. É também palestrante internacional e proprietário da Franquia Doutor Hérnia que soma mais de 300 clínicas de reabilitação de coluna vertebral e hérnia de disco no país.