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Relógios inteligentes e pulseiras fitness têm ganhado destaque no monitoramento da saúde cardiovascular. Esses dispositivos vestíveis, ou wearables, contam com recursos que acompanham batimentos cardíacos, qualidade do sono e níveis de atividade física, representando uma ferramenta valiosa na prevenção de doenças do coração. Segundo a cardiologista do Hospital Sírio Libanês de Brasília, Dra. Fernanda Weiler, esses dispositivos oferecem dados importantes que podem auxiliar na adoção de hábitos mais saudáveis. “Os wearables permitem ao usuário acompanhar indicadores vitais em tempo real, facilitando a identificação precoce de alterações que demandam atenção médica”, explica. Além disso, a integração desses aparelhos com aplicativos de saúde pode estimular a manutenção da regularidade na prática de exercícios, controle do sono e gerenciamento do estresse, pilares essenciais para a saúde do coração. “Quando usados com consciência, esses recursos funcionam como aliados no engajamento do paciente em seu próprio cuidado, promovendo mudanças de comportamento sustentáveis”, destaca a Dra. Fernanda. Contudo, a especialista alerta para a importância de interpretar corretamente os dados e ressalta que os wearables não substituem avaliações clínicas. “Eles são complementares, ajudando a monitorar a saúde no dia a dia, mas não substituem o acompanhamento médico regular. Confiar em um aplicativo e deixar de realizar os check-ups anuais faz com que a tecnologia, de certa maneira, se torne uma vilã da saúde. É preciso cuidado e parcimônia na análise dos dados”, ressalta. Por fim, Dra. Fernanda reforça que a tecnologia deve ser incorporada a uma abordagem mais ampla, que inclua alimentação equilibrada, atividade física, sono de qualidade e controle emocional para a prevenção efetiva das doenças cardiovasculares. “Não adianta o relógio mais moderno do mundo monitorando a sua saúde se os hábitos continuam os mesmo…saúde se conquista com mudanças práticas”, finaliza a médica. Sobre a Dra Fernanda Weiler: Dra Fernanda Weiler é formada em medicina pela Universidade de Brasília (UNB) com residência em cardiologia pela mesma Universidade. É membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e certificada internacionalmente em Medicina do Estilo de Vida. Entre 2014 e 2015 foi professora da UNB, mesma Universidade em que se formou. Sua extensão em Medicina do Estilo de Vida, feita na Harvard Medical School (EUA) fez com que Dra Fernanda passasse a olhar a saúde cardíaca como resultado também (e principalmente) das escolhas de vida de cada pessoa. Defensora da atividade física e da promoção dos bons hábitos, dedica parte de sua carreira a incentivar seus pacientes e seguidores das redes sociais a adotarem melhores hábitos no que tange aos seis pilares da Medicina do Estilo de Vida. Dra Fernanda é também co-fundadora do grupo “Mais uma D.O.S.E (dopamina, ocitocina, serotonina, endorfina)”, que visa a melhora na qualidade de vida através da Medicina do Estilo de Vida. |