Setembro Amarelo expõe a outra ponta do cuidado: burnout atinge 2 a cada 3 médicos no Brasil

 Especialista da Plenno alerta que, além das jornadas exaustivas, a burocracia silenciosa compromete o bem-estar de quem cuida da população


Há três anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o burnout como uma síndrome ocupacional. Embora atinja profissionais de diferentes setores, a medicina está entre as áreas mais impactadas. Dois em cada três médicos brasileiros já apresentaram sintomas da síndrome, segundo a pesquisa “Saúde Mental do Médico”, da Afya. Outros 47% têm ou já tiveram diagnóstico de ansiedade e 46% sofrem de depressão.

Isso porque a rotina dos profissionais de saúde no Brasil é marcada por turnos de 12 horas e acúmulo de vínculos em diferentes hospitais e clínicas. Muitos chegam a trabalhar entre 49 e 72 horas semanais. O impacto é ainda mais grave entre  intensivistas: o estudo científico ‘Prevalence of burnout syndrome in intensivist doctors in five Brazilian capitals’ indica que até 61,7% deles apresentam burnout.

No contexto do Setembro Amarelo, dedicado à prevenção do suicídio, Guto Quirós, o CEO da Plenno, healthtech que simplifica e moderniza a rotina médica em uma única plataforma, ressalta que o alerta precisa se estender também a quem cuida da saúde da população. Segundo o especialista, o desgaste não está restrito às longas jornadas dos médicos, mas também à sobrecarga invisível que envolve a desorganização das escalas e à burocracia administrativa que consome tempo e energia.

“Quando falamos em saúde mental dos médicos, não podemos restringir o problema apenas ao tempo dentro do hospital. O caos das escalas, a imprevisibilidade de horários e a carga de tarefas burocráticas são fatores que corroem aos poucos o bem-estar desses profissionais”, aponta Quirós.

O peso da burocracia

De acordo com o levantamento da Afya, as atividades administrativas são apontadas como principal fator associado ao burnout por 60% dos médicos entrevistados. O problema está no excesso de trâmites e na falta de integração das ferramentas usadas no dia a dia.

“Muitos ainda organizam agenda e finanças em planilhas, grupos de WhatsApp e sistemas isolados. Isso gera desorganização, erros e perda de horas em processos que poderiam ser automatizados”, explica Quirós.

Segundo ele, esse desgaste invisível se soma às longas jornadas e compromete diretamente a qualidade de vida.

A digitalização como caminho

Para o executivo, a tecnologia tem papel decisivo na reversão desse cenário. Ao unificar escalas, finanças e burocracias em um único ambiente digital, as soluções digitais otimizam o tempo do médico e devolvem previsibilidade e controle sobre à rotina. A reorganização impacta diretamente a qualidade do descanso, a gestão de múltiplos vínculos e a capacidade de focar no que realmente importa: o atendimento ao paciente.

Na visão do especialista, outro fator importante está na redução de falhas comuns em sistemas fragmentados. Com menos retrabalho e maior integração entre equipes, hospitais e profissionais conseguem eliminar horas desperdiçadas em tarefas operacionais, abrir espaço para uma jornada mais equilibrada e mitigar riscos de erros humanos. 

“Não se trata de discutir se o setor da saúde deve adotar ou não a digitalização, mas como acelerar o processo de forma inteligente e segura. Afinal a tecnologia é uma solução para essa sobrecarga invisível. Ela permite ao médico recuperar o tempo perdido em burocracia e dedicar sua energia ao cuidado dos seus pacientes”, conclui o CEO da Plenno.

Sobre a Plenno

A Plenno é uma healthtech brasileira que simplifica e moderniza a rotina médica e a gestão de plantões ao integrar em uma única plataforma escalas, contratos, documentos, relatórios de performance e finanças. Na prática, funciona como um sistema de gestão completo para os gestores de saúde e um aplicativo intuitivo para os médicos, conectando os dois lados em um só fluxo. Desenvolvida lado a lado com médicos e gestores, a solução nasceu de dores reais do dia a dia e oferece usabilidade simples, reduzindo burocracias, eliminando custos invisíveis e devolvendo tempo aos profissionais. Com foco em inovação e eficiência, a Plenno se posiciona como referência em tecnologia aplicada à saúde, promovendo mais organização, segurança e qualidade de vida para quem cuida da saúde da população.

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