Nano Banana e o futuro da edição de imagens na era da inteligência artificial

 por Rodrigo Murta, CEO do Looqbox

Em 26 de agosto de 2025, o Google lançou o Nano Banana, um modelo de inteligência artificial que está redefinindo a forma como editamos imagens. Diferente de tudo que já vimos, ele é capaz de alterar apenas partes específicas de uma foto sem comprometer o restante da cena — algo que até pouco tempo atrás exigia habilidade avançada ou horas de trabalho manual.

Tive a oportunidade de experimentar essa tecnologia em situações muito pessoais. Num voo de drone (meu hobby), fotografei minha avó em seu quarto, mas havia uma grade na imagem. Com o Nano Banana, consegui remover a grade em segundos, mantendo todo o resto intocado. O resultado não foi apenas uma foto mais limpa: foi a sensação de proximidade, como se aquela barreira nunca tivesse existido.

Em outra ocasião, usei o modelo para restaurar uma foto antiga do meu avô com minha avó. A imagem estava gasta pelo tempo, com marcas e falhas. O Nano Banana reconstruiu os detalhes com naturalidade, devolvendo vida a um registro que é parte da minha história familiar.

Esses exemplos ilustram como a AI não está apenas transformando a produtividade dos criativos, mas também nossa relação emocional com as imagens. O que antes era limitado a especialistas agora está ao alcance de qualquer pessoa com uma boa ideia — ou um desejo de preservar memórias. A distância entre a ideia e a sua materialização se encurta no tempo, e a expressão, “a palavra tem poder”, ganha uma conotação mais forte do que nunca. 

Na prática profissional, isso já vem mudando o padrão. Aqui no Looqbox, estamos usando o Nano Banana em nossas peças para Instagram e LinkedIn. O impacto é claro: conteúdos mais sofisticados, produzidos em menos tempo, e com uma consistência visual que eleva o patamar da comunicação.

A união anunciada hoje do Nano Banana com o ecossistema de ferramentas como o Photoshop abre um novo capítulo na indústria criativa. Não é apenas sobre editar imagens com mais rapidez; é sobre permitir que cada criador, seja um fotógrafo amador ou uma agência global, explore novas formas de expressão.

E talvez seja justamente aí que esteja a revolução: a tecnologia deixa de ser apenas um recurso técnico e passa a ser uma ponte — entre gerações, entre memórias, entre o que imaginamos e o que podemos criar.

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