Quando A Escola Entende As Diferenças E Aposta Em Estratégias Certas, Alunos Com Autismo De Alta Funcionalidade Não Apenas Acompanham A Turma - Eles Brilham. Descubra Como Transformar Desafios Em Potencial De Aprendizado
O processo de aprendizagem de uma pessoa com autismo nível 1, também chamado de autismo de “alta funcionalidade”, pode sim diferir de alunos neurotípicos, ou seja, sem transtornos do neurodesenvolvimento, mas isso não significa que seja menos eficaz.
O processo de aprendizagem é apenas diferente, e entender essas diferenças é essencial para promover uma educação mais inclusiva e respeitosa – Conclui a Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, especializada em Tratamento Integral do Autismo em Neurodesenvolvimento.
Pessoas com autismo nível 1 geralmente têm boa capacidade cognitiva e linguagem desenvolvida, mas enfrentam desafios em áreas como:
- Interação social: podem ter dificuldade em interpretar expressões faciais, linguagem corporal ou normas sociais implícitas.
- Flexibilidade cognitiva: tendem a preferir rotinas e podem resistir a mudanças inesperadas.
- Sensibilidade sensorial: sons, luzes ou cheiros intensos podem ser desconfortáveis ou distrativos.
- Foco intenso em interesses específicos: podem se aprofundar em temas de interesse com grande dedicação, o que pode ser uma vantagem se bem direcionado.
Diferenças no processo de aprendizagem
Comparado a alunos neurotípicos, o aluno com autismo nível 1 pode:
- Comunicação: Interpreta nuances sociais com facilidade. Pode precisar de instruções mais diretas e explícitas.
- Adaptação ao ambiente: Se ajusta a mudanças com mais facilidade. Prefere rotinas e ambientes previsíveis.
- Estímulos sensoriais: Tolera variações sensoriais. Pode se distrair ou se incomodar com estímulos intensos.
- Aprendizado social: Aprende por observação e imitação. Pode precisar de ensino explícito de habilidades sociais.
- Aplicação de conhecimento: Generaliza com facilidade. Pode ter dificuldade em aplicar o que aprendeu em novos contextos.
Estratégias que ajudam no aprendizado
Seguem algumas estratégias práticas que podem ajudar no processo de aprendizagem:
- Rotinas estruturadas e previsíveis
- Instruções claras e objetivas
- Ambiente sensorialmente confortável
- Ensino individualizado, quando possível
- Apoio emocional e social, com incentivo à comunicação e à autonomia
A inclusão escolar bem-sucedida depende de um olhar sensível da equipe pedagógica, da colaboração com a família e da capacitação dos profissionais.
Quando essas condições estão presentes, alunos com autismo nível 1 podem prosperar academicamente e socialmente – Finaliza a Dra. Gesika Amorim.
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CRÉDITOS:
Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo